Obrigado Herman José

Por vezes eu reconheço que sou um bocado atrevido. Atiro o barro à parede e vejo o que acontece. Isto a propósito de ter enviado, no blog dele, a seguinte mensagem ao Herman José:

Quando eu era pequenino ensinaram-me que, se rezasse muito, Deus ouviria as minhas preces. O mundo mudou muito e agora é preciso enviar emails... O motivo desta mensagem é apresentar o www.riologoexisto.blogspot.com Uma espécie de doença que não me deixa dormir. Por isso, uma palavrinha do deus do humor a desencorajar-me vivamente de tentar ter graça seria muito apreciada. Como sabe, qualquer doença terá maiores possibilidades de cura de for tratada a tempo. Grato pela generosidade

O pior que me poderia acontecer? Ser completamente ignorado. Menos mau? Ele responder a dizer que, de facto, não tenho graça nenhuma, sempre era uma voz com autoridade a tentar meter-me juízo na cabeça.... Ou então, aquelas respostas nem carne nem peixe, do género "se gosta do que faz vá em frente", blá, blá, blá...

Há dias recebi a resposta no meu email:

Nunca te cures Jorge ! Bendita doença. E atenção, diz-se “clítoris” (do grego “kleitorís”), com acento no primeiro “i”. Trata-se de uma palavra esdrúxula

Cruzes! O Herman deu-se mesmo ao trabalho de ir ao blog, já que era esse o tema do post que eu escrevi no dia da visita... O homem recebe centenas de mensagens, muitas delas de malta a garantir por este e pelo outro mundo que tem piada, até a pedir-lhe para ler guiões, e mesmo assim decidiu ir dar uma espreitadela no meu blog.

Eu nem sei o que senti. Foi uma mistura de satisfação interior por ele ter ido mesmo ao blog e me ter aconselhado a nunca me curar e de vergonha por ter escrito "clitóris" em vez de "clítoris"...

Ou seja, para além de ter o hábito de trocar as sílabas (tão depressa digo clítoris como clírotis), ainda troco os assentos (é clítoris e não clitóris)... Depois de tanta troca, receio que o Herman até tenha revelado receio de me perguntar se eu sei onde ele fica, não fosse eu responder que é aquele freio que está debaixo da língua...

De qualquer forma, obrigado Herman José