Notícia:
«O professor Bambo foi levado pela PSP para ser interrogado no âmbito de um processo no qual é suspeito de vários crimes de burla, extorsão e ainda um de violação. O auto-intitulado vidente saiu em liberdade pelas 18h00 da Divisão de Investigação Criminal (DIC) do Porto, após ser constituído arguido.»
Em primeiro lugar, devo revelar aqui que devo muito ao professor Bambo. Isto porque a maioria dos meus visitantes que aqui chegaram por motores de busca utilizaram as palavras "Professor Bambo". E no meio de infindáveis opções que o motor de busca oferecia acabaram por entrar no meu blog pela via de um post que já tinha dedicado a tão singular personagem.
Pelo que sei, esta não é a primeira vez que o professor Bambo é investigado e em ocasiões anteriores ele acusou a concorrência - a crise bate até aos homens abençoados e cada vez mais gente trata por tu os poderes ocultos - de o querer afastar do mercado.
Certo é que o professor Bambo acabou por assassinar a sua reputação.
- Como vidente foi um fracasso. Qualquer figurinha deste país - gente que nunca reivindicou especiais privilégios junto das divindades - sabe perfeitamente quando é que a polícia lhes vai bater à porta para investigação. É inconcebível que o professor Bambo, vidente conhecido neste e noutros planetas há tantas décadas, tenha sido apanhado de surpresa.
- O professor Bambo gaba-se de ter poderes infalíveis para afastar das pessoas, entre
tantas outras coisas, a inveja... Ora se ele acusa os outros professores de difamação é porque nem consegue afastar a inveja dele mesmo...
PS - Eu só gostava de estar à porta do consultório do prof. com uma agulha na mão, para espetar nas pessoas que vão continuar a ir às consultas. É que, com tantas evidências, cheira-me que essas pessoas não podem ser deste planeta...
quinta-feira, 29 de maio de 2008
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7 comentários:
Bom dia Jorge!
Eu cá sou de opinião que os vários "Prof. Bambo" são extremamente importantes para a sociedade Portuguesa. Veja se me faço entender..Se não se pode acreditar num governo que disse em altura de propaganda politica que os impostos jamais (sublinhesse o jamais s.f.f.)iriam aumentar, precisamos de nos virar para algo que faça sentido como por exemplo "- deixe cá mil eurinhos que nas suas finanças vão acontecer maravilhas"...Tratasse mesmo de manter a sanidade mental...Faz sentido, não?
Sentido faz, tal como faria sentido se alguém dissesse "dá-me os teus braços que vais passar a escrever melhor..." E era verdade, acredite.
PS - Eu gosto da forma educada como começa os seus comentários, cumprimentando-me pelo nome. Por isso, faz-me confusão responder-lhe "obrigado anónimo". Não sei se não assina por ser distraído se por pudor de ver o seu nome associado a este espaço. Pensando bem, eu próprio não sei se gostaria que se soubesse que era visita de locais de reputação duvidosa.
Volte sempre
Sou ser muito sincera...Eu não me identifico até aqui porque ainda não descobri como fazer a porcaria do registo e não tenho muita paciência. Apesar de tudo garanto que sou boa rapariga, eu diria mais, até pode me considerar de familia...
Já posso dizer que gosto muito do seu "mui humilde espaço" e tenho pena de não o ter visitado desde o inicio.
Ass: Luisa
Esse homem parece que está em tudo quanto é lado. Sempre que saio o vejo. Um dia até a cheguei a vê-lo onde era o local mais inesperado para mim: no meu bairro.
Eu, particularmente, Jorge, tenho opiniões não muito favoráveis.
Fazendo uma comparação: um médico, por exemplo, tem um compromisso com a vida. Mas um médico recebe um salário, trabalha num consultório, ou seja, até aí poderia então pensar que tanto o médico quanto o professor (?) têm direito de ganhar dinheiro ajudando pessoas.
A questão é que a actividade do professor está relacionada com a fé das pessoas. Se não aprovo a exploração do ser humano através de seitas religiosas - nem preciso citar o nome, preciso? - que são criadas exactamente para isso, também não poderia aprovar o trabalho do professor. O "professor" apenas não é pior que essas seitas religiosas por um simples motivo: pelo menos ele trabalha sozinho. Com o nome que tem - afinal quem não o conhece de nome? - poderia já ter feito disso uma empresa com vários aspirantes a professores a atender também, no caso a consulta com ele seria mais cara do que com os seus "aprendizes". Ou seja, o facto de ele ainda não ter montado uma matriz e filiais por Portugal inteiro já é algo que me admira...
Teoricamente, um vidente é apenas aquele que representa Entidades superiores. Ele tem um dom e a sensibilidade para entender melhor a mensagem que recebe através dos Orixás. Por ter recebido esse dom, ele não tinha por obrigação se tornar um vidente profissional, assim como, se tenho uma boa voz, não tenho obrigação de ser cantora se preferir ser arquitecta. E teoricamente, quando você vai numa consulta, o que você oferece não é ao vidente, que é um servo dos Orixás, mas aos próprios Orixás como forma de oferenda. As oferendas, na verdade, são mais simbólicas, são mais uma representação da fé e da crença, do respeito. Símbolos estes que afinal existem em todas as religiões. Quando recebemos a hóstia por exemplo na Católica, o pão representa o corpo, o vinho o sangue de Cristo, mas é apenas uma representação, um símbolo, uma forma de aproximação com Deus. Por isso não tem lógica alguma dar dinheiro a um vidente se os Orixás depois não vão lá no shopping fazer compras. Reconhecendo que aquele vidente é um servo dos Orixás, eu, por livre vontade, posso querer oferecer uma ajuda ao vidente - afinal ele tem que comer, morar, vestir, ao contrário das Entidades - mas o vidente cobrar em nome dos Orixás... isso é outra coisa, para mim é até uma falta de respeito com um dom que, afinal, se recebe de forma gratuita.
Tenho as minhas crenças e também as minhas "descrenças" nesse sentido. O que quero dizer, apenas, é que há muita gente séria mas que há, principalmente, muita gente que não o é.
No que diz respeito ao "Oculto", o problema é que a maior parte das pessoas não sabe nada disso. Ou seja, por vezes uma pessoa vai num vidente numa hora de desespero quando nunca fez algo desse tipo antes, nunca esteve num "Terreiro" antes, ou seja, vai procurar apenas na hora da aflição. Ela não vai saber por exemplo reconhecer a energia que há no local quando o vidente é alguém sério ou se é um simples charlatão. Num jogo de cartas, a maioria das pessoas não conhece o significado de cada carta, por isso o que o "vidente" lhe disser será aquilo mesmo e pronto, não vão duvidar.
Da mesma forma que eu, enquanto massagista, não tenho como fazer massagem no meu próprio corpo - quer dizer, não posso fazer nas costas, e no resto do corpo até poderei fazer mas não estarei numa posição confortável - um tarólogo, por exemplo, poucas vezes vai tirar as cartas para si. Isso inclusive porque o compromisso dele é em ajudar aos outros, não a si próprio.
Fica bem..
Paulinha, você é um espectáculo. Não estou a ver você sem passar o dia a teclar. Qualquer dia nascem-lhe teclas debaixo do dedo...rs... Para já quero só mandar um beijinho muito grande, tem de me ar tempo para ler com calma e responder... rs...rss
Olá Paulinha, eu fico bem. O meu problema em relação aos "professores" é que apenas querem ganhar dinheiro, fazem disso um modo de vida. Como você disse, nenhum vidente que seja realmente sério (e há muita gente a não acreditar nesse tipo de dons) coloca artigo no jornal, promete resolver tudo e mais alguma coisa (como se o poder de resolver não estivesse na própria pessoa) e exige ser pago por isso, encara essa actividade como profissão. Ora se alguém tem mesmo essa capacidade, esse dom, nunca o pode exercer como profissão. Apenas como dom para ajudar as pessoas. Depois, Paula, o prof. Bambo tem delegações sim. Não me lembro de todas de cor, mas pelo menos em Lisboa, Porto, Algarve e Funchal. Acho que não tem colaboradores, é verdade, pelo que o homem chega a ter o dom da ubiquidade. Gasta fortunas na comunicação social, logo, encara o dom que diz que tem de forma empresarial. E eu odeio quem tenta aproveitar-se do desespero das pessoas. Chame-se Bambo, Karamba, Mamadou ou o que quer que seja.
Beijinhos grandes
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