quinta-feira, 3 de julho de 2008

O maior embaraço

Já que estamos todos numa maré de desafios, e os últimos que mandei foram um bocado exigentes, hoje lanço novo desafio: qual foi a situação mais embaraçosa das vossas vidas?

Eu respondo primeiro.


1 - Tinha 16 anos quando fui a uma baptizado. À minha frente, ao almoço, ficou uma rapariga que eu achava muito interessante. E pensei, este pode ser o meu dia...

2 - Meti conversa, disparei forte com todo o meu arsenal humorístico, inventei mil façanhas que já tinha alcançado, tudo para a impressionar. E ela ficou impressionada, principalmente quando levantei o copo de sumol e o levei à boca, com um movimento gracioso, quase em câmara lenta, sem tirar os olhos dela. Medi mal as distâncias, falhei o contacto sedutor entre o copo e os lábios e reguei toda a camisa com sumo de laranja...

3 - O primeiro prato era bacalhau. Eu achei estranho ela não o ter comido, pensei que fosse por não gostar. Eu estava com fome e comia o bacalhau com graciosidade de um príncipe inglês, para a impressionar. Como não tirava os olhos dela, só na recolha de pratos reparei que tinha sido o único na sala a comer o bacalhau.

4 - No início achei estranho, mas uma hora depois percebi: o bacalhau estava estragado, soube mal a toda a gente, e os meus intestinos abriram guerra sem tréguas. Pedi licença por uns instantes e fui à casa de banho.

5 - Onde é que está a sanita?, protestei já com dificuldades em conter a erupção vulcânica... Nada, era uma latrina. Agora vou ter de cagar para um buraco? Tentei ir a outro sítio, mas não dava para aguentar. Seja aqui, pensei. Entrei, fechei a porta e... a lâmpada daquele cubículo sem entrada de luz fundiu-se.

6 - Senti-me muito mais aliviado e até esqueci o desconforto de estar de cócoras a tentar acertar num buraco que não via. Felizmente tinha papel higiénico, não seria a primeira vez que me esquecia de confirmar isso antes de me aliviar...

7 - Saí do cubículo e dirigi-me ao lavatório. Naquele espaço havia luz e, felizmente para mim, um espelho. Foi ele que me avisou para o facto de achar estranho umas calças de fazenda clarinhas estarem agora com uma bolinhas acastanhadas... Foi aí que aprendi que se estamos com diarreia e a cagar de cócoras para um buraco é bem possível que a lava que sai de um vulcão em fúria de espalhe por tudo quanto é sítio.

8 - Por ser a casa de banho de um restaurante, estava sempre a entrar e a sair pessoas. Que faço? Se tento limpar com as calças vestidas tenho de entrar em explicações. Se as tiro e as limpo no lavatório muita gente estranhará ver-me em cuecas a lavar roupa... Decidi então regressar ao cubículo da latrina. Quando sentia que a casa de banho estava vazia, saía, e com a toalha das mãos e sabão e água, tentava lavar à pressa. Se alguém abria a porta em fechava-me de novo...

9 - E assim se passaram duas horas...

10 - Quando, finalmente, regressei à sala reparei que muita gente sorria para mim. A rapariga que se sentara à minha frente fez-me um grande elogio: «Então, cagaste-te todo?». Sem dúvida que a consegui impressionar...


Passo a bola a todos vocês

18 comentários:

Filipa Sousa disse...

Marcaste a diferença, disso não há margem para duvidas, mas não sei bem porquê mas estou com a sensação que não foi pela positiva....rsrsrs

Também eu já tive momentos muito constrangedores é que eu tenho uma queda nata, para meter água.

Já contei anedotas sobre portadores de trissumia 21 e só depois me lembrei que estava presente a mãe de um menino portador da doença.

A ultima gafe que meti, foi há dois dias num post que publiquei, onde me armei em cupido a querer casar, quem já é casado, enfim isto persegue-me por isso junta-te ao grupo e continua a meter água, porque quanto mais não seja, servirá um dia para contar aos netinhos...hehehe

Bjinhos Jorge

Jacinta Correia disse...

Olá Jorge
Tenho a certeza que já os tive e, de momento, não me consigo lembrar de um único. Será que a minha memória foi assim tão generosa comigo? Ou será tipo trauma e ficará no meu inconsciente? Não sei, não...
Bj

LeniB disse...

Já me "caguei" a rir com o teu texto!!
bjs

Jorge Pessoa e Silva disse...

Olá Filipa

Eu também tenho uma queda natural para meter água. Então ao telefone é tiro e queda, por norma enganando-me na pessoa e entrando a matar... E enquanto não tiver netinhos, olha, vou exercizando os fantasma por aqui...

Beijinhos

PS - Estou feliz por ti

Jorge Pessoa e Silva disse...

Viva Jacinta

Eu hoje já me rio com algumas coisas que me aconteceram, mas olha que em muitos monentos desejei ter uma memória selectiva...

Beijinhos

Jorge Pessoa e Silva disse...

Viva lenib

Espero que estivesses a ler o texto enquanto estavas na casa de banho. Sempre é mais fácil explicar o que fazias com um computado na casa de banho (eu tenho de explicar o que faço com uma viola...) do que explicar manchas acastanhadas na roupa...

Cruzes, a conversa está a ficar muito estranha

Beijinho

Maísa disse...

Rsrsrsrs.
Eu este não vou fazer.
Já fiz o outro.
Chega.
Olha lá desculpa o termo mas eu para além de me mijar, desta vez também me caguei a rir.
Beijoca.

Jorge Pessoa e Silva disse...

Viva D. Antónia...

Peço desculpa pelos trabalhos em que te meti...rs...

Espero que nunca tenhas passado por nenhuma situação tão embaraçosa como esta...rs...

Beijinho

Olá!! disse...

Confesso que nunca me borrei num convívio, mas já me mijei pelas pernas abaixo à porta de casa porque o raio da chave encravou... foi medonho ver aquela poça liquida onde quase me afoguei e os meus ouvidos atentos aos minímos ruídos, é que se aparecesse um vizinho, o plano era fugir no sentido contrário, ou seja o telhado porque estava no último piso do prédio... horror hahaha

Beijosssss seu "sofrego" ;)

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs...rs...rs...rs...

Olá, olá

Também deve ter sido bonito o que te aconteceu...rs....

E se alguém te visse no telhado, ainda pensava que te querias mandar e chamava a polícia, seria bonito teres de entrar em explicações... rs...

Beijinhos

Gostei de ler no teu blog a reportagem que fizeste do jantar... Com mais pena fiquei

Vitória disse...

Oh jorginho..por acaso tenho uma que também envolve cú..um dia destes conto, mas foi demais..eh eh

Eu vou começar a pôr fraldas quando vier ler o teu blog..mijo-me sempre..a rir..

Beijo querido

Jorge Pessoa e Silva disse...

Olá vita, querida amiga


Agora fiquei curioso... Vais mesmo ter de contar...rs...

Qualquer dia peço patrocínio na Dodot, ou Ausonia...rs...


Beijiiiiiiiiinho

Anónimo disse...

Eu vou contar uma que me aconteceu que ainda hoje morro de vergonha...mas "quesafoda",eu conto!
Tinha ido a casa do meu namorado da altura por primeira vez, e tive que ir ao wc fazer xi-xi (que fina, xi-xi...lol), e o irmão dele, que ainda não conhecia, chegou nessa altura a casa.
Foi à casa de banho e abriu a porta, que eu esquecera de fechar à chave.
Ah, pois...foi um linda apresentação, eu a subir as cuequitas, e ele a corar que nem tomate!
enfim...coisas da vida.
É claro que hoje já não namoro com aquele rapaz, e já lá vão uns anitos...mas de certeza que o irmão nunca me há-de esquecer!
lolol

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs...rs...rs...rs...

Viva, Cris, de facto foi uma apresentação em grande... Agora, imagina que ele, como fazem muitos homens, já ia a entrar na casa de banho com o instrumento na mão? rs...rs...

Beijinho amiga

Samuel Vidinha disse...

Pelo menos uma coisa temos em comum...

Fazemos merd* sempre que tentamos impressionar uma miúda...

Embora de maneiras diferentes...



Abraço

Jorge Pessoa e Silva disse...

Caro Samu

Eu fiz merda no sentido literal...rs... E olha que a miúda nunca mais me esqueceu...rs...


Abraço

Anónimo disse...

Nem me digas nada!
Se tivesse entrado com o instrumento na mão...opá...
E eu com as cuecas a meio caminho entre os joelhos e as coxas...
Ai, epá...
Agora imaginei a cena!
Credo!
Virgen santa!
ahahaha
beijos

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs...rs...rs...rs....rs...

Era lindo era, Cris... rs... Acho que o teu namorado da altura é que não acharia muita piada... rs...

Beijinho