Cada vez mais admiro o trabalho da ASAE. De há uns meses a esta parte, é a índústria pornográfica que está debaixo de olho da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica. A parte alimentar deve fiscalizar as cuequinhas comestíveis, a económica tudo o resto...
Segundo as notícias de ontem, desde Janeiro que foram fiscalizadas 82 sex-shop e 52 operadores económicos, tendo sido apreendidos 4126 artigos pornográficos. Desses, 1988 foram filmes pornográficos!
As razões para a apreensão prende-se com ausências de licenciamento, de livro de reclamações ou rotulagem emportuguês.
1 - Pergunta básica: o que vai fazer a ASAE com o material apreendido? Será que vão queimar tudo? Que desperdício... Sugestões:
- Entregar a lares de terceira idade para ver se o ânimo arrebita um pouco;
- Distribuir por quem pedisse
- Os lubrificantes podem ser entregues no Palácio e S. Bento; já que é para lixar o pessoal, ao menos que não doa tanto...
- Aceitam-se mais sugestões....
2 - Nâo percebo como um produto pornográfico pode ser apreendido por falta de rotulagem em português... Estão com receio que as pessoas não saibam, por exemplo, para que serve um vibrador, um filme pornográfico, uma revista ou umas algemas?
Em relação a filmes e revistas, por exemplo, podem até estar rotulados em russo. Tal como as legendas podem vir em Árabe. Assim como assim nunca foi o argumento o ponto forte e nesta indústria aplica-se com propriedade a expressão "uma imagem vale mais do que mil palavras". Para mais, se as palavras são tão eruditas e imaginativas quanto "oh si, cariño".
3 - Será que a ASAE também andou a inspeccionar as cabinas das Sex-Shop para avaliar as condições de conforto e higiene?
- Truz, truz!
- Quem é?
- É a ASAE, queremos fazer uma inspecção...
- Foda-se... Também querem verificar se a minha punheta está de acordo com as normas europeias?
- Não, homem. Queremos saber se a cabina respeita as condições de conforto e higiene. Abra a porta por favor...
- Agora não po... ahhhhhhh
sexta-feira, 25 de julho de 2008
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18 comentários:
Caro Jorge,
pessoalmente acho bem que se fiscalize a industria porn (sempre é melhor que fiscalizar quem fuma ou deixa de fumar no cafe) nunca se sabe se, um dia destes, se está a fazer ou receber uma massagem , e está misturado no creme ácido de baterias ou algo do genero, ou se está numa de maso e o chicote se solta do cabo... nao se admite.
de facto nesta industria ha muitos filmes "improprios para consumo", mas nao os russos, refiro-me mesmo aos portugueses que sao de fraca qualidade tanto de imagem, como som, como actores (nao refiro a representaçao porque nao interessa mesmo)
de resto para onde vai o produto apreendido posso apenas supor... convenhamos que seria um desperdicio destruir material dessa natureza.
no ponto 2 referes a rotulagem... eu diria mesmo a rotulagem e as instruçoes... vibrador dá para muitas coisas, com a falta de imaginaçao que praí anda , compravam um dildo e pensava que era só para uma coisa apenas... mal. (e mais nao adianto que o porreiro é mesmo explorar)
no ponto 3 referiste um ponto pertinente:
será que tambem fiscalizam o "serviço" das "meninas da noite"? há minimos de qualidade, tempo, asseio etc... nao sei mas se nao há controlo devia.
obrigado
Acho muito bem que fiscalizem!!! E deviam também fiscalizar as meninas do técnico!! Se estão em condições de salubridade para serem consumidas!
Beijoca
Tsc, tsc...
Quando "batem" nos bordéis - não estou falando da ASAE - a regra para o produto-meninas é o seguinte: quem está dentro da validade fica, quem está fora da validade vai embora, risos.
(Obs: Validade não é igual a idade, mas ao tempo de permanência, penso que você entendeu. Algo que inclusive estimula ao traficante a trazer meninas novas, afinal é isso o que também busca a maioria dos clientes da 'casa')...
Pois é, no bordel também não era necessária a legenda em português. Já trabalhei com muitas russas que tinham acabado de chegar e não falavam português, e nem por isso o cliente deixava de escolher uma menina que não falasse português - palavras para quê??, risos -, ou, no máximo, chamava uma outra colega para ir junto para servir de "tradutora".
Livro de reclamações no bordel? Tinha sim, o cliente podia reclamar, mas aí havia dois tipos de providências: ou as meninas levam porrada, ou levam os clientes.
Sobre a qualidade do atendimento, nenhum homem vai no bordel por causa da qualidade do atendimento. Ele vai para gozar e pronto, não importa o método utilizado. E ele gozar não é sinónimo de qualidade do atendimento. A mulher pode nem ter dado a sua melhor rebolada e ele gozar, da mesma forma que gozaria se ela fizesse de outro jeito. (Aliás, o simples facto de ele ter ido a um bordel deixa-o consciente que não vai receber a melhor rebolada - mesmo que ele acabe pensando que sim - porque afinal sabe que irá dividi-la com muitos outros homens naquela mesma noite, logo ela deverá ter energia para todos e não simplesmente gastar toda a sua energia com um homem só, um homem só que pagou apenas por "um pedaço dela", e não para ter ela inteira. Se ele quisesse a melhor rebolada ele não ia num bordel, ele solicitava um serviço exclusivo.) E para o homem, ou para a maioria dos homens que frequentam bordel, qualidade do atendimento é ejaculação. Ela pode até ter dado a sua melhor rebolada, mas se ele não gozar vai achar sempre que a culpa é dela (mesmo quando todas nós sabemos que ele não goza com ninguém, risos, em geral os homens que têm algum problema sexual costumam fazer sexo com um maior número de mulheres justamente porque pensam que o problema está na mulher, não neles). Posso dizer que 98% têm uma ejaculação fácil (uma erecção logo nos primeiros 10 segundos e a seguir uma relação sexual sem transtornos). 1,5% têm uma ejaculação menos fácil (talvez em função de algum fetiche, algum bloqueio, etc., o que resulta numa demora na erecção ou na ejaculação, mas sim, chegam lá). O outro meio por cento não "chega lá", ou não tem erecção ou tem erecção mas não tem ejaculação. Se este meio por cento não poderia reclamar porque afinal não "chegou lá"? Não, porque em bordel há um tempo. Se ele concordou em estar com a menina nesse tempo foi porque ele se garantiu chegar ao seu intuito nesse tempo, não o contrário, ou seja, não é ela que é obrigada a fazê-lo gozar nesse tempo, afinal a maioria consegue. Ninguém compra um sapato que não lhe cabe no pé, e se ele aceitou tal condição é por se achar capaz. Além disso ele não pode reclamar por outro motivo: puteiro é um lugar onde ele vai procurar por prostitutas, não por santas, logo está no lugar errado se busca por um milagre.
Quanto à "qualidade das meninas", sei que quando se toca nesse assunto muita gente se refere ao facto de as prostitutas poderem estar infectadas pelo HIV.
Aliás, usam isso como argumento para aprovar a legalização da prostituição, quando este é o argumento mais fraco. "Mais fraco" porque, em primeiro lugar, estigmatiza ainda mais a prostituição.
Há prostitutas com SIDA? Há sim, eu conheço pelo menos duas e que ainda estão na actividade.
Entretanto é muito mais fácil ser o cliente a ter SIDA do que a prostituta, porque ela ali faz o seu trabalho, e enquanto trabalho ela depende do seu corpo para viver... e para viver (para trabalhar e se sustentar).
Por isso é muito natural que uma prostituta tenha muito mais cuidado com as doenças sexualmente transmissíveis do que o cliente, até porque o risco que ela corre é muito maior.
Há coisas que, "na hora do vamos ver" o cliente, cheio de "empolgação", se esquece. Afinal ele está ali por lazer, mas ela, mesmo se gostar muito dele e de estar a fazer sexo com ele, não vai deixar de ser "a profissional". Digo isso no sentido de que ele, na empolgação do canguru-perneta, não vai estar atento a coisas a que ela estará. Por exemplo, não basta colocar o preservativo, é necessário que ele não rasgue, e é ela que geralmente vai se preocupar com isso. Relações sexuais mais brutas, por exemplo, podem fazer com que o preservativo rasgue, dependendo da posição, do tempo de relação, da lubrificação, etc.
Hoje há muita oferta de relações sexuais desprotegidas? Há sim, mas se há oferta é porque há procura, e a procura é muita, mesmo nos tempos de hoje, experimentem colocar um anúncio, nem que seja de brincadeira, e atender o telefone o dia inteiro, verão que pelo menos 70 a 90% dos telefonemas virão de pessoas que buscam por algum tipo de relação desprotegida (digo, em Portugal e através de anúncios em classificados).
Concordo que sim, é necessário que as profissionais façam exames, mas não obrigatoriamente apenas elas, até porque elas não fazem sexo sozinhas ou com algo que não possa ter o vírus. E obrigar as profissionais a fazerem exames é o mesmo que dizer que são lixo, que o cliente não pode pegar doença não, mas elas podem.
Em Luxemburgo, por exemplo, há uma "casa" onde a menina, para ser "admitida" precisa fazer exames. Depois de admitida haverá um médico a visitar regularmente o local para fazer novos exames nas meninas. Nesse bordel as relações sexuais com os clientes são todas desprotegidas. A questão é que esquecem que há um tempo para que o vírus possa ser identificado pelo exame de sangue, ou seja, a menina pode fazer sexo hoje e ter o vírus - e passá-lo - mas só dentro de uns meses aparecer no exame que ela tem o vírus. Aí quando aparece o vírus ela é jogada no lixo, mas não significa que depois de infectada não tenha antes infectado muita gente. Aí colocarão outra menina no lugar dela, e essa outra menina também atenderá sem preservativo, atenderá inclusive aquele cliente que aquela que foi infectada atendeu. O cliente, que não é obrigado a fazer exame, não saberá que tem a SIDA, ou se sabe não se importará de propagá-la.
O que estou dizendo, apenas, é que não é mais importante o exame do que a consciência e a prática das relações sexuais sempre protegidas. Um cliente, quando está com uma prostituta, mesmo se ela fizer sexo sem preservativo ele não é obrigado a aceitar que seja assim, ela não coloca uma arma na cabeça dele a obrigá-lo a fazer relações desprotegidas.
Apesar de hoje haver profissionais que aceitam sim as propostas de relações desprotegidas por parte dos clientes, há aquelas que não aceitarão de forma alguma, e que inclusive saberão ter uma postura rígida como forma de estarem sempre protegidas durante o acto sexual.
Impor o exame vai dar segurança ao homem. Vai fazê-lo pensar que pode fazer tudo o que quiser porque, se o preservativo rasgar, não poderá ser infectado, esquecendo inclusive isso de que há um tempo para que o vírus seja identificado no exame de sangue.
Porque se há algum respeito às regras que a prostituta impõe é também por causa disso, do medo de se pegar uma doença com ela, por causa desse estigma de que ela possa ser uma propagadora de doenças.
Sobre as que já poderão estar infectadas, se hoje há máfias que falsificam todos os tipos de documentos - por vezes nem só as máfias, mas pessoas que estão dentro dos próprios órgãos que emitem tais documentos - por que as pessoas pensam que não será possível comprar um exame de sangue falsificado?
Exame não é garantia de nada. Garantia é comportamento. Fez sexo sem preservativo? Sim, claro que há a hipótese de ter sido infectado, seja com uma prostituta ou não.
Curiosamente, quando "batem" nos bordéis também levam tudo aquilo que encontram (digo, além das meninas que têm que ir com eles dentro de uma carrinha).
Segundo a lei, são apreendidos todos os objectos que servem de estímulo ao lenocínio e ao ao exercício da prostituição e do tráfico ilegal.
Por vezes em alguns bordéis há armas e drogas, aí eu até entendo...
Mas lembro que uma vez levaram a máquina de tabacos, levaram o BMW do "patrão", levaram a aparelhagem de som - lá estava o meu cd do Chico Buarque que eu tinha emprestado para o dj!!!, isso eu nunca vou perdoar, risos -, a caixa registradora e levaram também os nossos preservativos.
Até entendo que todo o resto possa ter grande utilidade - inclusive o meu cd do Chico Buarque - mas os preservativos??? Pô, que desperdício, preservativo tem validade. Em alguns casos, aliás, é o bordel a nos vender os preservativos, ou seja, ao levá-los não apenas estavam levando o nosso material de trabalho como também nos dando um prejuízo de uma coisa que tínhamos comprado do bordel.
Mas ok, compreendo que levem os preservativos, afinal são necessários para o trabalho, indispensáveis, aliás. Mas segundo uma amiga me disse, uma vez até levaram uma santa da Nossa Senhora de Fátima!!! Bom, ela tinha comprado a santa - em Fátima - para mandar para a mãe dela, mas como os quartos do bordel são os "quartos para fazer sexo" e a santa era enorme, não convinha ter a santa ali, no quarto, achou que ia ser no mínimo um desrespeito colocar uma santa tão grande dentro de um quarto onde se faz sexo, além de que o cliente poderia "estranhar" ou "não reagir bem" àquela santa olhando para eles enquanto fazem sexo. Então ela pediu para a dona do bordel para guardar a santa. Aí não deu outra, quando bateram no bordel levaram tudo, inclusive a santa, é o que conta a minha amiga. Mas aí eu fiquei pensando: o que uma imagem da Nossa Senhora de Fátima pode servir de estímulo ao lenocínio ou à prostituição?
Ah, tá, para os milagres...
E.... Será que também vão fiscalizar os instrumentos de trabalho das operárias?
beijocas
Pois...eu já ouvi a alguém dizer que com as coisas de comer não se brinca!
E os da ASAE devem seguir essa regra!
Grande moon_t
Soltar-se um cabo do chicote numa sessão masoquista até é bom se... aleijar.... Por isso, quem gosta disso, nada tenho a opor, em frente.
Olha que os filmes portugueses não são tão maus como isso. Quer dizer, são tecnicamente fraquinhos, mas ainda têm alguma ingenuidade da pornografoa americana dos anos 70 e 80. A massificação e a industrialização tiraram graça à maioria dos filmes pornográficos.
Quanto ao controlo dos serviços, na maioria dos casos, é impossível... Por falta de meios, por muita actividade candestina, porque os clientes são, muitas vezes, os primeiros a não a desejarem.
Aquele abraço
Viva 2cute4you
Tocas um pouco no ponto: para quê o show off de fiscalizar as sex-shop se há muita coisa importante a fiscalizar? O probleme é que esta fiscalização não tem por prioridade a saúde pública, antes as fugas aos impostos, o material não legal. Depois, como fiscalizar as meninas do técnico se a actividade da prostituição não está regulada?
Beijiiiinho
Olá paulinha, minha amiga do coração:
O seu comentário é um verdadeiro post e eu só posso dizer obrigado. Você está há muito contratada para conselheira deste blog...rs... Uma espécie de provedora dos leitores para amparar os meus disparates e para ajudar na reflexão dos próprios leitores. Tudo o que eu disser sobre o que escreveu é estragar...rs...
Beijinhos
Viva blueminerva, que bom estares de volta
A minha amiga paulalee reflecte sobre isso. Mas a ASAE está-se a borrifar para isso. Está épreocupada se todos pagam os impostos pelos produtos que têm à venda. O que também é importante, mas é pegar no assunto pela rama.
Beijinhos
rs...rs...rs...rs.
Viva Cris
Obrigado pela gargalhada...
Beijinho, amiga, gosto sempre muito das tuas visitas
Beijinhos...
Tem algo que quero dizer: o que está ilegal tem que ser combatido. A ASAE deve mesmo fiscalizar se um produto tem tradução em Português ou não e, se tiver, se essa tradução está correcta ou, pelo menos, perceptível.
Se existem importadores em Portugal para esse produto, eles têm que contratar colaboradores para fazer as traduções e, não apenas, ganhar dinheiro com produtos feitos por outros e que são pagos a um valor muito inferior ao praticado pelo mesmo tipo de produto concebido em Portugal.
Não sou contra o comprar produtos feitos noutros países. Contudo, sou contra que os importadores ganhem mais que a pessoa que fez o produto sem ter trabalho praticamente nenhum.
O material apreendido também pode servir para as aulas de educação sexual que andam a pedir a tanto tempo lol
Jorginho..deixo-te um beijo com carinho
Hoje não me apetece mais nada.;)
Viva iemg, bem vindo
Em tese e falando a sério, eu não tenho por onde pegar em relação ao que escreveste. Muito menos com a parte final, essa sim uma grande chaga, o escândalo das margens de lucro dos intermediários.
Mas eu, neste espaço, abdico muitas vezes da racionalidade dos meus pontos de vista. Isso sou obrigado a fazer na minha vida profissional de jornalista. Aqui faço apenas a minha higiene mental e distorço a realidade para o lado que me der quando estou a escrever.
Por um lado, acho engraçada a tarefa de fiscalizar produtos pornográficos. Por outro, é verdade que para o consumidor, a rotulagem estar ou não em português é indiferente. Ele só está ali pela estimulação visual, mais nada, em especial de falarmos de filmes.
E acho que se eu fizesse uma lista de prioridades para a ASAE, seguramente que a pornografia estaria num dos últimos lugares da lista. Há verdadeiros crimes económicos e de saúde pública que merecem toda a atenção.
Grande abraço
Viva Skynet
Assino por baixo
Abraço
Viva Vita
O teu beijinho é sempre muito bem vindo. E o carinho é retribuído a dobrar
Beijiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho
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