terça-feira, 29 de abril de 2008

Controlo de bagagem

1 - Gostava de saber quem foi o iluminado que decidiu que os passageiros de avião não podem levar na bagagem de mão frascos de perfume com mais de 100 ml. Pouco depois da normativa ter entrado em vigor, foi-me confiscado um caro perfume de 150 ml. Ainda tentei saber a razão desta medida e compreendi melhor porque é que as crianças ficam irritadas quando os pais respondem às suas perguntas com um decepcionante "porque sim" ou "porque não".
Ainda esperei um pouco que o polícia fosse abrir o frasco para confirmar se era mesmo perfume ou puro veneno, mas nada. Pelo que, concluo eu, tudo bem se levar veneno disfarçado num frasco de perfume de 100 ml, tudo mal se levar perfume num frasco de... perfume de 150 ml.
Como o problema é o tamanho do frasco - deve haver algum perigo nisso - calculo que quem tomou esta medida, no contexto da paranóia pós 11 de Setembro, acha mais provável que os passageiros candidatos a terroristas atirem frascos de perfume às hospedeiras do que tentem levar veneno no frasco.

2 - Ontem, no aeroporto do Funchal, um polícia pediu para verificar a minha mochila, já que a máquina tinha detectado algo estranho. Era o frasco de perfume. Desta vez de 100 ml, mas não estava embalado num saco de plástico, hermeticamente fechado... Lá tive de ir a correr comprar um. Eis outra norma que eu não percebo. Será para evitar que o líquido se derrame na viagem e o cheiro a perfume se espalhe pela cabina do avião? Mas, se assim for, porque deixaram passar o meu saco das meias sujas se não era hermeticamente fechado? E vos garanto que entre o derrame de um frasco de perfume e o saltarem-se das meias sujas, este segundo cenário tornaria a viagem para Lisboa num acontecimento bem mais inolvidável...

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