segunda-feira, 20 de julho de 2009

Os homens e o ânus

PARTE I

Nada para ganhar uma boa conversa do que dizer um disparate. E dentro do espírito do filme Proposta Indecente, um dia lancei a confusão numa conversa de amigos, todos homens:

- Quem, por um milhão de dólares, aceitaria uma noite de sexo com outro homem?

A discussão, qual rastilho, depressa ganhou intensidade e foram três os tipos de conclusões:
- Os que aceitavam na hora em função do dinheiro;
- Os que, não gostando da ideia, admitiam que face a tanto dinheiro iriam, no mínimo, hesitar e admitiam aceitar. Houve até quem admitisse que parte do dinheiro seria para pagar a um psicólogo e ainda sobrava muito...
- Os que, indignados até com os outros, juravam não permitir a profanação de tal local sagrado.

Se tivesse de apostar em quem cederia primeiro, fazia-o de forma clara no terceiro grupo.


PARTE II
Li o que escreveu uma terapeuta sexual sobre as zonas erógenas do homem. E garante que o ânus é uma delas. Leiam:

«Achava que não? Enganou-se. Esta zona é muito delicada e, com as carícias certas, um homem pode ser inundado por sensações de prazer indescritíveis. Sente-se atrevida? Experimente lamber a zona à volta do ânus ou introduza um dedo, fazendo movimentos muito delicados. Parece impossível, mas este tipo de estimulação vai conduzi-los a experiências sexuais inesquecíveis. Ele vai agradecer-lhe.»

PARTE III

Um dia, em Macau, um colega de trabalho decidiu ir às famosas massagens. E pediu o menu completo. O que ele não sabia é que uma das partes passava exactamente pela estimulação do ânus, que terminava com a introdução de um rebuçado de mentol!!!!!!

Quando saiu, vinha com cara de poucos amigos:

- Então? Que cara é essa?, perguntei-lhe.
- Nem sabes o que me aconteceu...
- Desembucha, homem...
- Tu acreditas que ela me estimulou o ânus e até me introduziu um rebuçado de mentol?
- Pois, para um macho como tu deve ter sido ultrajante...
- Não, o problema é que eu gostei...


MORAL DA HISTÓRIA

Agradeço a vossa ingenuidade e comovente simpatia de acreditarem que os meus delírios neste blog têm uma moral... A bola, neste capítulo, está do vosso lado.

24 comentários:

Paulo Lontro disse...

Sempre ouvi dizer:
- Pimenta, no cú dos outros, para mim é refresco...
rsrsrsrs...

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..

Grande Paulo

Eu aprendi algo de parecido em Angola, mas easquecie-me...rs..rs..

Grande abraço

Ricardo disse...

Jorge,
Assunto tabu é coisa que não há no "rio logo existo".
No amor e na guerra não existem limites. Desde que consentido não há limites para nada.
O teu amigo entrou na loja de massagens de livre vontade, ninguém o obrigou! Ainda deve recordar com nostalgia o rebuçado de mentol, certamente melhor que o mítico Dr. Bayard...

Anónimo disse...

Existem estimulações que valem ouro... =))




BjBjBj

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..

Viva Attitude Problem

Valem ouro, prata, bronze, valem o pódio inteiro... rs..

Bejocas

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..

Grande Ricardo

Não só não há limites, como gosto de mandar umas bombas para o ar para gerar a confusão e colocar toda a gente a discuir...rs..rs..

Melhor do que os do dr. Bayard? Acredito, mas ainda não experimentei...rs..rs..

Grande abraço

Joao Filipe disse...

Grande Jorge.

Aí tá um assunto mega tabu. Obviamente, q a maior parte do homens diz q nem pensar.
Eu incluo-me. É q nem com password, nem com código de barras. Nada! Deus ma livre!

Abraço

Equilibrista disse...

Hum... Mandar lenha para a fogueira e depois sair de fininho é sempre algo delicioso de se fazer! Tenho pena de não ter mt jeito para isso! =p

Mas a minha única pergunta é: E tu, aceitarias?

**

EAM disse...

Oi Jorge,
rs rs rs rs
Tenho um amigo que diz que já viu alguns homens passarem à "ervilhas", mas que nunca viu nenhum que fosse, voltar atrás. Por isso ele diz que o melhor é não experimentar...

Brincadeiras à parte, entre um homem e uma mulher vale tudo, desde que, com mutuo consentimento. De resto só perde quem não experimenta novas sensações. O teu amigo não passou a ser gay só por causa da massagem. "Penso eu de que"...

Beijinhos

Anónimo disse...

Fçao isso de graça, imagina se não faria por um milhão de dólares.

Aliás todos os homens deveriam ser obrigados a dar o furico pelo menos 3 vezes na vida. Assim pelo menos passariam a respeitar a opção alheia.

Se experimentassem, pelo menos não diriam as suas mulheres que não dói quando elas reclamam

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..rs..

Grande Nico

Amigo, se há palavra que eu acho mais falsa que judas é a palavra "nunca". Em qualquer situação da vida. Com uma pasta aberta e um milhão de dólare slá dentro, não me leves a mal de duvidar da tua carta de princípios...rs.rs... Embora acredite que fosses com a tua até ao fim, mas irias sempre balançar... rs..rs...

Grande abraço

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..rs..

Viva Equilibrista

Para quem diz que não tem jeito para lançar achas para a figueira, acho que te saiste muito bem...rs..rs..rs...

Olha, o meu ponto é que as palavras "nunca" e "sempre" falham muito mais do que a supervisão do Banco de Portugal...rs..rs...rs...

Eu reagiria como os protagonistas reagiram num filme que achei muito bem construído ao nível do argumento e das emoções. Incredulidade na reacção instintiva; dizer não como primeira resposta e passar uma noite em branco a pensar no dinheiro e no que ralemente seria para mim uma relação homossexual. E esta construção emocional toda é que nos leva a revelar muito de nós e da forma de pensar do ser humano. E ou o homem se mantém firme no propósito de negar a relação sexual, ou a pensar no dinheiro começa a relativizar tudo. A pensar, que se lixe, é apenas sexo, amanhã já passou e o dinheiro já cá mora deste lado.

A minha resposta é: não sei o que responderia, sei apenas que iria mexer comigo. Que me iria colocar questões emocionais fortes. Que me iria descobrir como homem e como pessoa em situações inusitadas.

No fundo, para quem viu o filme, o que é sabiamente explorado é isso mesmo: o dinheiro é o sexo é muito menos importante do que todo o dilema do pré e do pós sexo...

Responde a frio, sem passar pelas situações, é muito mais fácil.
Sempre e nunca, repito, são palavras que não gosto de usar. Porque não acredito nelas associadas ao comportamento e convicções humanas.

Beijinhos

PS - Havia sempre a hipótese do outro homem ser bonito e sensual...rs..rs..rs... (a conversa estava a ficar muito séria...rs..rs...)

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..

Viva Fátima

É verdade, essa é uma realidade inatacável: não conheço um único homossexual que se tenha tornado apenas heterosexual, já o inverso é mato. Por isso mesmo, o problema é mesmo alguém experimentar e gostar...rs.rs... Até porque, é a anatomia que o prova, o ânus é uma zona de nervos associados ao prazer (estarei a dizer bem? Acho que preciso da ajuda de alguém que entenda de anatomia...rs..rs...). Logo, a "profanação" do ânus não é uma questão física, é psicológica apenas. Ai estes machos latinos... rs..rs..rs..

No fundo, na vida as ideias pré-concebidas só servem muitas vezes para serem desmentidas pela realidade. Nunca digo que deixarei de beber de uma água... E há a questão da livre vontade das pessoas.

E, cá para nós, a humanidade tem dedicado demasiadas horas a comentar, e muitas vezes censurar o sexo, e menos a praticá-lo...rs..rs..

Beijinhos e muito obrigado

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..rs..

Viva anónimo

Olha, acho um pouco radical essa tua sugestão de obrigar os homens a estimular o anus três vezes por dia... rs..rs..rs.. Acho que é que homem não pode ser quadrado e a homofobia é muito feio. Cada um dá o que quer e a quem quer, desde que de livre vontade e sem incomodar ninguém.

O sexo faz bem à saúde física e mental. Cada um que viva a sua sexualidade como quer e que seja muito feliz, que lhe faça muito bem.

A inveja, a corrupção, a falta de respeito, a falta de solidariedade, o preconceito, enfim, tanta coisa que nos devia preocupar a sério e muita gente indignada seobre quem dá o quê e a quem.

A parte da dor no sexo anal, há muitas mulheres que estão aplaudindo...rs..rs..rs..

Amigo, pena não saber seu nome, mas desde já obrigado pelo comentário. Volte sempre e faça o favor de ser feliz

Joao Filipe disse...

Grande Jorge.

É verdade que a palavra "nunca" é traiçoeira.
Mas eu acredito que não há dinheiro nenhum que compre a minha honra, a minha dignidade, e algo a que tenho uma enorme aversão.

Mas desafio-te a ofereceres-me um euromilhões, e logo verás a minha resposta. Uma dica: começa com 'N'.

Abraço

Paulo M Fernandez disse...

Gostaria de saber a posição do nobre amigo escritor deste post: Qual a sua posição diante deste dilema?

Anónimo disse...

Não percebi uma coisa:
O autor da ideia do lançamento da confusão seria o mesmo que pagaria o tal milhão? Seria participante no acto?
Sofia :D:D:D

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs.rs..rs..rs..

Grande Nico

Agora, vou fazer o papel de advigado do diabo:

Uma coisa é teres aversão, ser algo que não gostas, não te daria prazer... Essa parte eu percebo e estás no teu pleno direito de achares que não há dinheiro no mundo que te compense por esse desconforto.

Agora, porque falas em honra e dignidade? Não há aqui um exagero? Parace que o ânus do homem é uma espécie de Meca para os mulçumanos, onde qualquer desrespeito é pago com a morte...

Que não gostes é uma coisa; que consideres isso uma questão de honra já me parece um exagero. Porque, no fundo, a questão de honra até poderia ser, e eu aceitaria a discussão, receberes dinheiro para fazeres sexo. Mas se uma mulher te oferecesse um milhão de dólares para teres sexo com ela a questão de honra seria a mesma?

Eu só acho graça à forma como os homens defendem o ânus como se de algo sagrado dissesse respeito. Para mim, a questão é mais simples: gosto, ou não? Nunca levaria a discussão ao domínio da dignidade.

Grande abraço

Jorge Pessoa e Silva disse...

Viva Paulo Fernandez

Apesar de eu ser mais do tipo lança a confusão e foge, deixando para os outros a missão de se degladiarem...rs..rs.. enquadro-me dentro do segundo grupo de respostas.

Ou seja: eu acho que é muito fácil falar antes e sem passar pelas coisas. É fácil dizer que não, por ser heterossexual, e por achar que não vendo o meu corpo por dinheiro.

O que eu acho é que quem passasse mesmo pela experiência, quando visse o milhão de dólares ali a frente do nariz, no mínimo iria passar uma noite em claro a pensar.

Esta, como outras situações da vida, é uma situação extrema, com tantos sentimentos contraditórios, alguns que nem conheciamos em nós.

No fundo, eu não sei que resposta daria. Mas sei que, durante o processo de decisão, tudo me iria passar pela cabeça. Desde o extremo de não fazer sexo por dinheiro e saber que não sou homossexual, até ao outro em que pensaria, «estou nem aí, é só sexo, nem será tão mau como isso e ainda fico com um milhão de dólares, mudando a minha vida apenas por sexo durante uma noite».

Sinceramente, não sei que resposta iria dar. Estou é convencido que mesmo o mais macho dos machos, que considera ser o seu ânus o lugar mais sagrado do mundo, iria vacilar.

O autor da proposta também entraria nas contas. Enfim, seria um mar de emoções, impossível de antecipar. E tanto poderia responder não como sim. Sempre desconfiei das palavras nunca e sempre.

Grande abraço

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..

Viva Sofia

Muito engraçada, a menina... rs..rs..rs... Amiga, se eu tivesse um milhão de dólares acredita que tinha como o gastar de forma mais produtiva. Inclusivamente, oferecendo prendas aos meus amigos.

Beijinhos

Anónimo disse...

Desculpa a ousadia mas nada te garante que não tivesses mesmo de dispender o tal milhão de dólares para converceres alguém a deixar-te fazer essa brincadeirinha :D

Sofia

P.S - E se tiveres o tal milhão e não souberes como gastar diz, que eu ofereço-me para tua amiga! O resto NÃO! :D

Mais um homem... disse...

Um milhão é um milhão ;) mas até por menos que os tempos estão apertados...por meio já se fazia a coisa.

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs..

Sofia

Feio como eu sou, se calhar só mesmo um milhão de dólares, se bem que ainda muita gente com fominha e que estaria disponível.

Só há aí um pequeníssimo problema: era preciso que eu estivesse interessado.

No mais, seguindo a tua linha de raciocínio, não me poderias ajudar muito, porque, a avaliar pelo nome, não me parece que sejas homem...rs..rs... Mas isso é seguindo a tua linha de raciocínio, não a minha...rs..rs..

Beijinhos

Jorge Pessoa e Silva disse...

rs..rs..rs...

Viva Mais Um Homem

Concorde-se ou não, eis uma opinião que acrescenta pluralidade ao debate. E, mas isso sou eu e o meu mau feito, talvez mais perto da decisão que a maioria tomaria.

Grande abraço