Ponto 1 – Se o guarda-redes da equipa visitante for marcar um pontapé-de-baliza e o estádio inteiro, com voz forte e grossa, gritar 'filho da mãe que exerce a profissão mais antiga do mundo', as instituições desportivas e os protagonistas nada fazem. Até são capazes de achar piada.
Se os adeptos começaram a tourear o adversário com sonoros olés, haverá até quem tal justifique à luz da tradição tauromáquica lusa.
Se o público começar a cantar canções do Melão para ridicularizar um jogador e destabilizá-lo no que à orientação sexual diz respeito, muita gente se ri e critica o jogador por ter reagido em vez de ficar... calado.
Se o mesmo público começar a imitar um macaco quando um jogador negro pega na bola, o clube arrisca-se a pesadas sanções.
Conclusão: é mais grave menosprezar a cor da pele do que a honorabilidade da mãe dos jogadores ou a dignidade do seu humano ou até mesmo ridicularizar uma alegada orientação sexual.
Ponto 2 – César Peixoto que conte um dia, se quiser, quantos jogadores já o provocaram em campo dizendo que as duas últimas mulheres da vida dele – Isabel Figueira e Diana Chaves – tinham a mesma profissão da mãe que referimos no ponto anterior e quantos se gabaram de lhes terem ensinado todas as posições do Kama Sutra e que o César Peixoto não era competente para deixar as mulheres felizes... Não consta que o jogador do Benfica tenha vindo a público fazer queixas de ter sido chamado de... corno, impotente e incompetente sexualmente.
Os jogadores que contem os insultos que ouvem de adversários, sendo o convite para irem para... uma fábrica de artesanato tradicional das Caldas da Rainha o mais leve.
Dito isto, e falando a sério, as minhas conclusões:
1- Até acredito que o Javi Garcia possa ter chamado «preto» a Alan e quase juro que nunca insultaria ninguém com questões rácicas fora do relvado. Se o Alan fosse gordo chama-lhe montanha de banhas ou se usasse óculos chamava-lhe caixa de óculos, etc... Tal como mandou alguns jogadores para as Caldas e colocou em causa a honorabilidade das mães e das mulheres de outros adversários. E, repito, fora do relvado nunca faria tal coisa.
Neste contexto, das duas uma: os desvalorizamos a questão por sabermos que os jogadores estão de cabeça quente, ou levamos a sério e consideramos que o assunto merece censura. Neste caso:
A – O racismo é uma forma estúpida e inaceitável de discriminação entre os homens. Lembraram-se da cor da pele, mas se um dia inventarem que o que divide os homens é o tamanho do pénis não vou gostar de ser discriminado por o ter... pequeno
B – O racismo é apenas uma das formas de discriminação, e nesta área todas têm o mesmo valor: a raça, a orientação sexual, a honorabilidade, a religião, o bom nome...
D – O anti-racismo chega a atingir pontos tais que, sinceramente, mais me parece uma das formas mais perniciosas de... racismo.
4 – Sabem quando se saberá que o racismo acabou? Quando ninguém falar sobre o assunto.
Se os adeptos começaram a tourear o adversário com sonoros olés, haverá até quem tal justifique à luz da tradição tauromáquica lusa.
Se o público começar a cantar canções do Melão para ridicularizar um jogador e destabilizá-lo no que à orientação sexual diz respeito, muita gente se ri e critica o jogador por ter reagido em vez de ficar... calado.
Se o mesmo público começar a imitar um macaco quando um jogador negro pega na bola, o clube arrisca-se a pesadas sanções.
Conclusão: é mais grave menosprezar a cor da pele do que a honorabilidade da mãe dos jogadores ou a dignidade do seu humano ou até mesmo ridicularizar uma alegada orientação sexual.
Ponto 2 – César Peixoto que conte um dia, se quiser, quantos jogadores já o provocaram em campo dizendo que as duas últimas mulheres da vida dele – Isabel Figueira e Diana Chaves – tinham a mesma profissão da mãe que referimos no ponto anterior e quantos se gabaram de lhes terem ensinado todas as posições do Kama Sutra e que o César Peixoto não era competente para deixar as mulheres felizes... Não consta que o jogador do Benfica tenha vindo a público fazer queixas de ter sido chamado de... corno, impotente e incompetente sexualmente.
Os jogadores que contem os insultos que ouvem de adversários, sendo o convite para irem para... uma fábrica de artesanato tradicional das Caldas da Rainha o mais leve.
Dito isto, e falando a sério, as minhas conclusões:
1- Até acredito que o Javi Garcia possa ter chamado «preto» a Alan e quase juro que nunca insultaria ninguém com questões rácicas fora do relvado. Se o Alan fosse gordo chama-lhe montanha de banhas ou se usasse óculos chamava-lhe caixa de óculos, etc... Tal como mandou alguns jogadores para as Caldas e colocou em causa a honorabilidade das mães e das mulheres de outros adversários. E, repito, fora do relvado nunca faria tal coisa.
Neste contexto, das duas uma: os desvalorizamos a questão por sabermos que os jogadores estão de cabeça quente, ou levamos a sério e consideramos que o assunto merece censura. Neste caso:
A – O racismo é uma forma estúpida e inaceitável de discriminação entre os homens. Lembraram-se da cor da pele, mas se um dia inventarem que o que divide os homens é o tamanho do pénis não vou gostar de ser discriminado por o ter... pequeno
B – O racismo é apenas uma das formas de discriminação, e nesta área todas têm o mesmo valor: a raça, a orientação sexual, a honorabilidade, a religião, o bom nome...
D – O anti-racismo chega a atingir pontos tais que, sinceramente, mais me parece uma das formas mais perniciosas de... racismo.
4 – Sabem quando se saberá que o racismo acabou? Quando ninguém falar sobre o assunto.
2 comentários:
Welcome back.
Se Portugal fosse no Médio Oriente os insultos nos estádios também teriam cariz religioso. Os judeus, os muçulmanos, os católicos e até os ateus e agnósticos seriam todos da "m_rd_" e do "c_r_l_o".
Ricardo:
Se um jogador foi castigado por apalpar a nádega de um companheiro quando festejava um golo, imagina o que aconteceria no caso de insulto religioso...
Abração
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